Foi aprovada nessa semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF), lei que determina que as locadoras de veículos paguem o IPVA no mesmo estado em que atuam. Antes elas realizavam o pagamento para o estado em que o veículo fora adquirido.
Impactos negativos podem vir dessa medida para as locadoras, uma vez que o setor possui 72% de suas aquisições de veículos em Minas Gerais, o qual cobra 1% do IPVA. Valor abaixo da média cobrada por outros estados.
Para o Banco Santander, caso sejam confirmadas as informações e de fato a nova regra seja aplicada após os recursos legais, dois resultados negativos podem vir.
De acordo com o Banco Santander, o primeiro resultado negativo seria uma maior burocracia para as locadoras de veículos.
Pedro Bueno, do banco Santander, comenta: “Essas notícias são ligeiramente negativas, embora não sejam suficientes para mudar a visão positiva para o setor”, afirma.
Outro lado negativo seria o aumento de 0,17% de impostos que geraria para a empresa um prejuízo de R$ 38 milhões. Algo em torno de 2,6% do lucro líquido.
Prováveis prejuízos também são apontados pela XP investimentos.
De acordo com Bruna Pezzin da XP investimentos: “A mudança poderia ter um impacto negativo sobre as despesas das companhias, e consequentemente suas margens”.
“Tendo em vista que IPVA se trata de uma despesa anual recorrente e hoje as companhias pagam de forma geral uma alíquota reduzida, próxima de 1%”, completa Bruna Pezzin, no relatório da XP investimentos.
De acordo com o veículo, as alíquotas estaduais, por exemplo, no estado de São Paulo podem variar entre 1,5% e 4%.
Quais empresas são as mais afetadas?
De acordo com o Santander, a Localiza (RENT3) será menos impactada pela medida, depois será a Unidas (LCAM3) e por último a Movida (MOVI3), respectivamente. “A Movida tem uma maior presença no estado de São Paulo (36% das lojas), em comparação com Localiza e Unidas (26% das lojas), que cobra 2% de IPVA”.
“Enfim, o maior ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) da Localiza torna seu lucro líquido proporcionalmente menos exposto a um aumento de custo relacionado ao valor contábil”. Comenta relator do relatório feito pelo banco Santander.
fonte: Moneytimes