A pandemia causada pelo novo coronavírus provocou uma série de mudanças no cenário global, principalmente nos regimes de trabalho. Grande parte das pessoas passaram a trabalhar de casa e outras até obtiveram redução em seus salários em razão da crise provocada pelo COVID-19. Diante deste contexto incerto, muitos optaram pela redução de seus gastos de várias formas possíveis, especialmente com o famoso cartão de crédito.
É o que mostra informações divulgadas recentemente pelo Banco Central (Bacen), indicando que as despesas com cartões de crédito decaíram ao longo da quarentena aqui no Brasil. Em abril, foi verificada uma diminuição de 16,2% nas concessões totais de cartão de crédito para pessoas físicas, que foi para R$ 85,8 bilhões – o menor valor desde junho de 2018.
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Tal alteração no comportamento dos usuários pode ser explicada por modificações nos hábitos da população, conforme esclareceu Fernando Iodice, especialista em finanças pessoais e cofundador do iq:
“O fenômeno pode ser explicado pelas adequações que as pessoas precisaram realizar em seu dia a dia nos últimos meses. Assim, alguns dos fatores que mais fazem parte das faturas de cartão de crédito dos brasileiros – como gastos com restaurantes e shoppings – praticamente deixaram de existir. A experiência pode ajudar no controle orçamentário de muitas pessoas, já que estará claro o quanto as despesas que não são de primeira necessidade impactam no planejamento financeiro no fim do mês. Afinal, não é errado utilizar o cartão de crédito – o importante é fazê-lo de forma consciente”.
A redução do salário – como mencionado mais acima – é uma das consequências diretas do isolamento social que fez com que a organização financeira se tornasse ainda mais relevante. Segundo dados do Instituto Locomotiva referentes ao mês de abril, mais da metade da população brasileira teve diminuição de renda no decorrer da pandemia.
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De acordo com Iodice, uma das recomendações para controlar o orçamento é utilizar o cartão de crédito para organizar as contas e desenvolver um gerenciamento financeiro conveniente. Por exemplo: deixar custos fixos e mensais – como contas de gás, água, luz, IPTU, TV, internet e telefone – para serem quitados no crédito.
Deste modo, acaba sendo mais fácil de visualizar o quanto os gastos mensais influenciam no fluxo de caixa, possibilitando um controle orçamentário melhor.
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Já existem até mesmo ferramentas para te ajudar a colocar estes conselhos em prática. Uma delas é o “iq contas”, um aplicativo que permite o gerenciamento e o pagamento das contas utilitárias através do cartão de crédito de maneira automática, com segurança e sem a cobrança de taxas.
“É preciso que as pessoas entendam que o cartão pode ser um aliado e não um inimigo quando usado de forma consciente. Ao invés de utilizá-lo para efetuar compras que podem prejudicar a saúde financeira, deve-se vê-lo como uma ferramenta para centralizar determinados gastos em um só lugar, com vencimento determinado – e, muitas vezes, prolongado – o que permite a organização do fluxo de caixa”, ressaltou Iodice.
Fonte: Jornal Contábil
Imagem: Informativo Empresarial