Provavelmente a China não atingirá sua meta de energia nuclear no ano atual, no entanto, permanece seu objetivo de ser a maior país com maior engajamento na utilização de combustíveis ecológicos até o final de 2030.
A matriz energética da China se vale, em quase 70% de sua totalidade, de termoelétricas. Isso levou o país, com a rápida escalada de sua economia, a começar a sentir fortemente os efeitos da poluição. Durante muito tempo, a China colocou o crescimento econômico à frente do meio ambiente e, como resultado, se tornou uma das maiores potências planetárias. No entanto, o povo sentia os efeitos colaterais da poluição. Tendo uma expectativa de vida bem mais baixa que em outros países. Foi em 2014, quando o primeiro-ministro, Li Keqiang, anunciou a transição nos planos do país: “Vamos declarar guerra à poluição assim como declaramos guerra à pobreza”.
Especialistas comentam a respeito
De acordo com especialistas do governo, mesmo com o forte peso do carvão na economia a produção de energia nuclear poderá dobrar até o final de 2030 para 130 gigawatts. Mesmo que esse número represente apenas 10% da matriz energética da China, você deve levar em consideração que o consumo energético do Brasil atualmente não chega a 2% da China. Essa transição energética faria a China economizar a quantidade de carbono que a Alemanha emite durante um ano inteiro com petróleo, carvão e gás.
Devido aos incidentes nucleares ocorridos pelo mundo, em especial em Fukushima em 2011, há dificuldades políticas para aprovação de projetos relacionados à energia nuclear. Devido a isso é possível que a China não consiga atingir a meta de 58 gigawatts de energia nuclear até o fim deste ano.
Mesmo com isso, as projeções apontam que a China irá ultrapassar a França, se tornando assim a maior geradora de energia nuclear do mundo até 2022, ultrapassando os Estados Unidos em poucos anos.
De acordo com as informações da reunião parlamentar anual em Pequim, que foi agora no final de maio, autoridades sugeriram que a China deveria começar a construção de 6 a 8 reatores por ano para atingir suas metas de transição da matriz energética suja para a limpa. Além do mais, de acordo com executivos do segmento energético, a produção de energia é um mercado rentável, gerando até 50 mil empregos por cada gigawatt produzido na China.
fonte: bloomberg
